segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

UM BRANCO

UM BRANCO
Ronie Von Rosa Martins


Pasma
A caneta afasta o bico
do papel.
E a folha que se faz deserta
Faz-se falha.
A mão
Que o objeto prende
Na sua ânsia treme.
Angustia de não ser falha
E na folha cicatrizar o verbo
A beleza da nossa fala.

Silêncio!!!

Descansa lívida e pálida a folha enorme!
Treme a mão e a caneta dorme.
Neste momento;
Neste tormento que o ponteiro mostra.

E o grito e a noite...
E os passos que distante vão?

Minha mão repleta
De um profundo não.

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