HELLdebrando Pascoal
Ronie Von Martins
Filme de terror: O bandido pega a vítima e fura seus olhos, não podemos dizer a sensação que se estampa em seu rosto, está de costas para a câmera, em seguida – provavelmente sorrindo, prazer que provém das profundezas mais intensas do inferno liga a serra elétrica, os berros desesperados da vítima comungam com o barulho ensurdecedor da serra.
Primeiro os braços e pernas. O sangue tinge as letras do texto e dos jornais. Depois, para deleite de seu espírito doentio amputa o pênis do homem que é - agora – apenas um monte de carnes.
Mas a fera não está satisfeita. Sua fome de morte e sangue não está saciada. A fera precisa de mais... E apanhando um prego, crava-o à marteladas na testa da pobre criatura.
Seria um filme banal, desses que Hollywood adora produzir, cheio de sangue e gente gritando, e que alguns assistem com a boca cheia de pipoca...
O Massacre da Serra elétrica, realização: Hildebrando Pascoal. Gênero? A mais pura realidade brasileira.
Ex-deputado, esse “senhor” está sendo julgado no Acre pelo homicídio do mecânico “Baiano” Agilson Santos Firmino.
E aí nos perguntamos: O mal é real? Palpável? Acredito que sim. Figuras como Hildebrando são exatamente a personificação de tudo que não presta nesta vida. Estão aquém da vida, urubus que se alimentam das dores todas do mundo. Monstros existem sim. Demônios existem. Está comprovado e ponto final.
Comandante de um grupo de extermínio, traficante, já havia assassinado um soldado do corpo de bombeiros... os crimes conhecidos ... Ah, e ainda por cima o digníssimo parlamentar movia dinheiro ilegal usando laranjas para burlar o sistema financeiro nacional.
Nosso “filme” de terror bota qualquer produção Hollywoodiana no bolso. E isso é uma vergonha.
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