sexta-feira, 26 de março de 2010

Um branco


UM BRANCO

Ronie Von Rosa Martins





Pasma

A caneta afasta o bico

do papel.

E a folha que se faz deserta

Faz-se falha.

A mão

Que o objeto prende

Na sua ânsia treme.

Angústia de não ser falha

E na folha cicatrizar o verbo

A beleza da nossa fala.



Silêncio!!!



Descansa lívida e pálida a folha enorme!

Treme a mão e a caneta dorme.

Neste momento;

Neste tormento que o ponteiro mostra.



E o grito e a noite...

E os passos que distante vão?



Minha mão repleta

De um profundo não.



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